Currículos recebidos pelo ex-presidiários e ex-vereador Carmosino Alves e pelo vereador Samir Ali, presidente por liminar, para contratação via Ibrapp já estão sendo recolhidos.

Vilhena, 08 de janeiro de 2024 – Para custear as atividades das “empresas” que prestam serviços sem fins lucrativos para a saúde pública, a lei autoriza o pagamento de uma porcentagem pela prefeitura a título de “custos indiretos e despesas operacionais”.

São com estes recursos que se pagam funcionários administrativos da entidade filantrópica, dentre outros custos de funcionamento, o que é chamado de “taxa administrativa” no jargão jurídico.

Acontece que essa “taxa” não pode ser alta demais, sob pena de a prefeitura vir a pagar por preços fora de mercado e, por isso, o edital de chamamento público em Vilhena fixou em 4,5% do custo total da “empresa” o valor da “taxa”.

Exagerou – O Instituto Brasileiro de Políticas Públicas – Ibrapp pediu mensalmente R$401.300,00, o que ultrapassa em R$41.000,00 (quarenta e um mil reais) mensais o valor máximo previsto em edital.

Para um contrato de cinco anos, esse valor é de mais de 2,5 milhões a mais do que o permitido pelo edital.

Tentou enganar, mas não deu – A maladragem da Ibrapp contra a prefeitura foi ter dado valor global em valor menor, escondendo no interior dos documentos que seu “lucros” obtidos através da taxa de administração seriam muito maiores.

Assim, para a opinião pública fazia um favor, mas às escondidas embolsava valor exorbitante e ilegal.

A comissão de licitação pegou no pulo e desclassificou a empresa na manhã de hoje quando da publicação da decisão.

Para analistas do caso, a Ibrapp foi com sede demais ao pote e ficou confiante nas liminares que obteve com o mesmo procedimento de confundir por meio de subterfúgios burocráticos as autoridades.

Devolução de currículos – A enganação por parte da Ibrapp de que a vitória era certa era ventilada pelo ex-vereador e ex-presidiário Carmosino Alves e pelo atual presidente da câmara por liminar, Samir Ali, para quem quisesse ouvir.

Para correligionários, os dois parlamentares que representam os interesses da Ibrapp no mundo político, já informavam que estavam recebendo currículos para contratar por meio da virtual vencedora da licitação, mas, pelo menos por ora, os documentos deverão ser engavetados.

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