Depois de uma reunião entre vereadores no gabinete do prefeito Flori, na última terça-feira, a área técnica da prefeitura informou que o índice de gastos com pessoal baixou levemente e haverá possiblidade de ajustes para o ano de 2024.
Vilhena, 09/12/2023 – Deixados de fora pela onda de aumentos do último ano, a chamada classe “D” de servidores da saúde com grau superior de ensino, dentre eles a enfermagem e outros como nutricionistas e fisioterapeutas, vem tendo promessas de recomposição feitas pela administração do delegado Flori desde o início de seu mandato.
O vereador Toninho da Ceron, um dos mais destacados na luta junto ao prefeito para conseguir o que chama de “justiça”, disse ao site que dá razão aos dois lados: “pelo lado do prefeito, há a questão de obedecer a lei de responsabilidade fiscal e abaixar o índice de gasto com pessoal e do lado da classe “D” há a necessidade urgente de justiça salarial, já que são pessoas altamente qualificadas e que recebem pouco e foram deixadas para trás no passado”.
Como resolver? – O prefeito delegado Flori informou aos vereadores que estavam na reunião convocada pelos parlamentares para tratar do assunto (Zezinho, Zé Duda, Zeca, Damasceno, Pagani, Toninho, Pedrinho Sanches e Tabalipa) que já tem um pequeno nível de gasto que a lei de reponsabilidade fiscal autoriza para aumentos salariais e tem também recursos financeiros com o que economizou durante o ano e que vai elevar em cerca de 36% os salários de todos que não recebem piso dentro da classe “D”.
Procurado, o prefeito disse que “o mais urgente é o do servidor que não tem complementação de salário pelo governo federal, que é o servidor da enfermagem que já recebe o piso de cerca de 4.400,00 reais. Esses serão imediatamente atingidos, em janeiro se Deus quiser, mantida a indenização que já recebem até final de dezembro de 2023”
Questionado sobre a questão salarial da classe da enfermagem, o prefeito também respondeu.
A enfermagem – Para a administração Flori, o grande problema hoje é o pagamento para aposentadoria dos servidores, já que quem trabalha para a prefeitura não se aposenta pelo INSS, mas por um “pequeno banco” mantido com o dinheiro dos munícipes, o Instituto de Previdência Municipal de Vilhena – IPMV.
O secretário de administração, Bruno Stedile, explica que normalmente os patrões recolhem cerca de 14,5% até, em média, 17% sobre o salário dos colaboradores para a manutenção de benefícios previdenciários, mas o “patrão” prefeitura de Vilhena recolhe atualmente 27,25% por conta das dívidas do “pequeno banco” e irá recolher ano que vem um valor aproximado a 33%.
“Ou seja, hoje não se consegue dar aumento nem contratar ninguém em Vilhena por conta de que um terço dos custos são para o instituto de previdência que tem um déficit enorme”, disse Stedile.
O site levantou que os valores totais anuais destinados ao IPMV chegam perto de um hospital da Unimed, construído recentemente em Vilhena, recursos que somam aproximadamente R$ 48 milhões por ano.
Com isso, se o prefeito concedesse o mesmo aumento para os enfermeiros que já recebem o piso com a complementação do governo federal em valor superior aos outros colegas da classe “D”, a conta com o IPMV ficaria em cerca de R$ 2,5 milhões, o que a prefeitura não tem em seus cofres.
De novo, há como resolver? – O grupo de vereadores presentes deu como sugestão que a indenização já paga aos enfermeiros se estendesse, já que sobre esses valores não incide custo previdenciário, o que foi prontamente aceito pelo prefeito, mas, ao que parece, rechaçado pelo SINDSUL, sindicato dos servidores municipais de Vilhena.
O prefeito também teria dito que o IPMV tem uma lei de reforma da previdência e que se isso passar, também pode imediatamente conversar com os enfermeiros sobre aumentar a base para sua aposentadoria, o que também não foi aceito de imediato pelo SINDSUL, que ficou de “estudar” o caso.
Como fica – Os vereadores que participaram da reunião foram informados pelo prefeito delegado Flori que ele pretende chamar uma reunião com todos os servidores e o site apurou que o chefe do Executivo está muito chateado em tratar com o sindicato, já que suas propostas em busca de melhorias para o servidores são sempre mal interpretadas e passadas adiante de forma distorcida pelo SINDSUL, causando mal estar entre todas as partes que buscam a mesma solução.
Aguardemos as cenas do próximo capítulo após essa reunião.